À sociedade cabe devolver o que recebeu

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Na sociedade de consumo em que vivemos, onde se cultua apenas o descartável, é saudável olhar para trás.

Envelhecer no Japão é sinônimo de ser respeitado. A vasta experiência de vida do idoso é sinônimo de sabedoria.
Nas sociedades orientais, cuidar dos mais velhos é culturalmente dignificado, resultado de uma educação milenar, que valoriza sobretudo as tradições.
Os japoneses mais novos quando precisam tomar decisões na vida, consultam seus anciãos, já que os consideram sábios e dignos.
Ao contrário da cultura ocidental, onde os mais velhos são considerados obsoletos, fora de moda, quando não são considerados como estorvos.
No Brasil, exultado e glorificado como país jovem, dos jovens e para os jovens, agora já começa a apagar, cada vez mais, as velinhas da terceira idade.
Então, as preocupações com pais, avós e até bisavós, começa a se desenhar e fazer parte da realidade de muitas famílias.
Em Bebedouro, 33% da população já está nesta faixa e envelhecer aqui é muito mais fácil que em uma grande metrópole, que além de tudo, exige destreza para nela se viver.
Mas é preciso privilegiar e respeitar as necessidades desta população que está envelhecendo.
A Gazeta traz dois’ modus vivendi’ para estes que queremos protagonizar. A iniciativa pública, no Centro Dia do Idoso, para aqueles, cujos descendentes não podem cuidá-los porque trabalham fora; e os independentes que levam a vida autonomamente, podendo desfrutar de uma academia como receita médica.
Mas em todos os exemplos, cabe reverter os efeitos da idade, ou ao menos minimizá-los, com o olhar carinhoso, o afeto sincero, o abraço apertado. Como sábios, eles apreciam o que é bom.

Publicado na edição nº 9738, dos dias 28 e 29 de agosto de 2014.