Enem 2015 e filosofia – qual a relação?

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“… A porta mais bem fechada é aquela que pode deixar-se aberta”. – (Provérbio chinês)

Julio Cesar Sampaio

Desde o ano de 2009, o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) passou a ser mais exigente com seus participantes. Na prova é cobrado, entre as matérias essenciais: Linguagens, códigos e suas tecnologias, que abrange o conteúdo de Língua Portuguesa (Gramática e Interpretação de Texto), Língua Estrangeira Moderna, Literatura, Artes, Educação Física e Tecnologias da Informação; Matemática e suas tecnologias; Ciências da Natureza e suas tecnologias, que abrange os conteúdos de Química, Física e Biologia; Ciências Humanas e suas tecnologias, que abrange os conteúdos de Geografia, História, Filosofia, Sociologia e conhecimentos gerais.
Analisando a matéria Filosofia, com carga horária de uma aula semanal, que está na grade do Ensino Médio, porém, para quem estudou a vida inteira em escola pública que sabe que essa aula citada é a que menos ‘relevância’ tem (?), infelizmente (na sala de aula), devido o tempo dispensado a ela, deveria ser a mesma analisada por tais alunos (escola pública) com maior critério, pois o fator decisivo do Enem é a redação, e cabe a esta matéria toda a argumentação de cunho ‘cognitivo-dedutivo’ no campo da Ética, pois quase todos os temas (senão, todos!) ‘exigem’ do aluno uma visão ética sobre o tema proposto na redação!
Não obstante, damos uma dica para os alunos que irão realizar a avaliação: amplie sua percepção cognitiva observando cada aula, com afinco e dedicação, pois o educador irá lecionar, com argumentos no campo da: ética, política, estética e epistemologia. Entrementes, eis as temáticas filosóficas que são explanadas nas aulas por um educador de Filosofia: moral, ética, organização política, cidadania, participação popular, democracia, teoria do conhecimento, multiplicidade cultural e diferenças, do pensamento socrático até o mundo contemporâneo.
Dissertamos aqui, laconicamente, sobre tal temática, pois investigando o Enem para esse mês de outubro de 2015, podemos notar várias mudanças no campo da política e ética acerca da nossa sociedade vigente (filosófico/sociológica).
Destarte, cabe-nos, tão somente, parabenizar o Enem pela mudança sistemática, paulatina e otimizadora, para o ‘bem-estar’ do aluno, ou seja, dar oportunidades de colocá-lo como cidadão brasileiro, participando do cotidiano sociopolítico do País, nessa avaliação!
Em suma, como diria o sábio pensador J. W. Goethe: “Muitos não sabem quanto tempo e fadiga custa a aprender a ler. Trabalhei nisso 80 anos e não posso dizer que o tenha conseguido”. (…)
Sucesso a todos que serão avaliados!
(Colaboração de Julio Cesar Sampaio, Licenciado em Filosofia com pós-graduação no ensino de filosofia).

Publicado na edição nº 9898, dos dias de 3, 4 e 5 de outubro de 2015.