Não existe nada que muitos políticos não consigam destruir

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O governo federal tem proporcionado algumas ações que costumam gerar indignação na população. Muitos ajustes e mudanças de alíquotas causam revolta entre muitos brasileiros. O número de desempregados acima dos dois dígitos ainda persiste e não dá mostra que irá baixar tão breve, mesmo com a aproximação das eleições. Se houvesse essa queda já seria um bom argumento para conquistar os eleitores, mas tudo indica que não será esse o cenário até o fim do ano.

Os números são desanimadores e desestimulantes. O Palácio do Planalto que está desmoralizado, na visão de muitos cidadãos, oferecia para 86% da população um salário mínimo de R$ 952,00/ mês, e após um ano, informou que inflação foi de apenas 3%, oferecendo R$ 28,00 de aumento para o mínimo chegar a R$ 980,00/mês. Mas na outra ponta, as alíquotas de responsabilidade dos governos federal ou estadual receberam outro tratamento. O combustível subiu 36%, a energia 41%, a água 38%, o gás 32%, e os pedágios elevaram seus preços em 26%, em média.  Se passarmos para os automóveis a tendência persiste porque estes bens duráveis subiram 29% nos últimos 3 anos em razão dos sucessivos aumentos de impostos.

O que ficamos horrorizados em constatar é que o governo consegue empobrecer uma população de aproximadamente de 80 milhões de cidadãos que se aposenta pelo INSS com pensões de R$ 4 mil/mês e após 6 a 8 anos não recebem mais que R$1,6 mil/mês. Este enorme grupo social da classe média não consegue mais educar seus filhos adequadamente, não se alimenta mais normalmente e tem grandes chances de ficar doente antes da velhice.

Nosso País que não sofre com vulcões, tsunamis, nevascas, e oferece ainda 90% de terras férteis e agricultáveis em seu território, e mais 300 dias de sol por ano de cultivo. Mas muitos dos nossos políticos conseguem destruir todo esse panorama potencial com políticas ‘propineiras monstruosas’, que achatam boa parte do povo para abaixo da linha da pobreza.

Do outro lado há também problemas na classe empresarial. Desafiamos que alguém nos aponte um grande ou megaempresário que tenha dado certo no Brasil, sem ter recorrido em algum momento a pequenas ou grandes ações ilícitas de ‘propineiras’.

O país, ao que tudo indica, não tem futuro se continuar seguindo esse caminho. Se contarmos apenas com a maioria dos políticos atuais não vemos a possibilidade de se chegar a lugar algum em um futuro próximo e talvez soframos uma inadimplência total em breve, quem sabe.

Colaboração de: J. A. Puppio é empresário, diretor presidente da Air Safety e autor do livro “Impossível é o que não se tentou”